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quinta-feira, dezembro 31, 2015

Boa Amiga

quinta-feira, dezembro 31, 2015 0 Comments
É horrível quando você vê aquela pessoa voltar com aquela outra porque diz que é muito amor existente ainda e que deveriam se resolver. Mas o pior de tudo é que aquela pessoa que você apostava que cresceria sem estar naquele relacionamento, na verdade fez questão de voltar oito casas para trás e brincar de fingir que mesmo com um mês ou mais de pós término tudo estaria bem. Na verdade não, não esta nada bem.
Seria muito mais fácil se eu dissesse que estava apaixonada pela pessoa, mas na verdade eu não estou, na verdade estou tão preocupada quanto eu deveria estar como uma amiga verdadeira é. Mas ao invés de ficar lutando contra a corrente e pedindo para que note os erros que esta cometendo e as ameaças que enfrentei, prefiro de maior clareza dar um fim em tudo o que chamamos de história um dia.
É doloroso ver que aquelas brincadeiras no antigo fliperama acabaram sendo apenas um passado em ruínas e que na verdade nem saberíamos que isso um dia iria acontecer, você dando uma de pessoa cega enquanto eu vejo você se auto destruir por alguém que talvez não mereça nem metade do seu tempo. Mas é claro que como uma boa amiga eu preciso ponderar, então esta sou eu ponderando um fim no que um dia chamamos de amizade.
É pior ainda observar que você foi o que eu chamei um dia de "cunhado" por ter estado com uma das pessoas que mais amo nesse mundo, mas hoje nem "cunhado" eu preferia que fosse, até porque hoje eu vejo as escolhas que tomou em sua vida e definitivamente eu estou tão decepcionada quanto. Mas como uma boa amiga eu fiquei calada e torci pela sua felicidade, porque isso é o que boas amigas fazem, torcem pela felicidade das pessoas que um dia acreditam que tudo irá mudar, mas não vai.
É uma pena ver aquele festival que tanto gostávamos de ir e sempre nos encontrávamos, se tornar apenas mais uma bela lembrança, porque definitivamente ela não deve gostar dessas coisas como seus amigos gostam de verdade, então ao invés de dar qualquer tipo de problema, eu prefiro evitar que um dia essas memórias passem por mim. Eu só estou rezando para 2015 acabar logo porque o que me restou neste final de ano foi perder um de meus grandes amigos pelo o que chamo de amor.
Sim, meus caros, um dia a gente perde amigos que parecem que são especiais, mas no final eles estão ali cegos e nem mesmo uma parede o mostraria que ele esta batendo contra ela, porque estaria pensando demais em como passar pelo mundo da Alice no País das Maravilhas, sem ao mínimo ter certeza de que a vida dele pode não estar mudando tão bem, after all.
Mas eu sou uma boa amiga, e não é porque eu dei adeus a tudo que nós tivemos que eu sou uma péssima pessoa, que eu não lutei, que eu não quis mais nada, mas é porque eu fiquei cansada de lutar por quem não luta por amizades verdadeiras, então entre perder um amigo por deixá-lo viver de forma clara com alguém que ama, e arrumar algum tipo de modo para tirá-lo do problema sendo que não quer ser tirado, eu fico com a primeira opção. Afinal de contas, amar é para poucos e creio eu que se este é o tipo de amor ao qual quer viver, então, eu tomei as decisões certas por nós dois e somente nós dois.

terça-feira, dezembro 29, 2015

Ser Mãe

terça-feira, dezembro 29, 2015 0 Comments
Eu pensei em mil e uma maneiras para escrever este texto e usei uma trilha sonora completamente diferente para ela. Mas a verdade é que não existem palavras para descreverem o amor que sinto por você. Quando eu tinha meus 15 anos, eu falava que quase todo mundo era meu filho/filha e que eu amava cada um deles. Amigos eram assim na época, mas na verdade as coisas mudam e o tempo corre e as pessoas saem de sua vida num piscar de olhos e a verdade é que quando eu achei que minha fase adolescente mudaria, ela vem de novo e em formato adulto.
Eu gosto de dizer que você é meu bebê para tudo. Minha filha, minha cria, minha menina, uma lady é pouco até porque eu te ensinei a não se rebaixar e eu sou lembrada disso todos os dias somente para que eu me sinta mais bonita. Enquanto eu escrevo isso, desesperadamente você vem a minha procura para músicas a serem ouvidas em sua playlist. Saudades de quando eu entrava no carro colocava meus fones e me desligava do mundo. Você faz bem em querer escutar música nova, pode pegar da minha lista que esta permitido.
Quantas foram as discussões que tivemos como mãe e filha e eu sempre te dei sermões e por mais que eu diga "não darei mais" eu sei que eu vou acabar dando, pelo bem feito da vida de dizer que eu não quero que cometa erros como eu cometi. Eu pareço mesmo uma mãe ao fazer tudo isso, mas eu não me importo, eu sou literalmente uma e vejo o trabalho quedá pra cuidar de uma moça de 16 anos. Sempre que possível eu dou uns puxões de orelha e por mais que você muitas vezes não goste tanto, sabe que eu faço sempre pelo seu bem.
Eu sou mãe, oras, mãe da minha grande amiga que passa horas comigo dentro de um shopping, procurando presente que nem ela sabia que era pra ela mesma, muitas vezes desligada, facilita para surpreender. Eu não me arrependo de nem metade do que eu faço. Eu posso ficar chateada quando entramos em atritos por muitas vezes eu ser muito solta, muito leve e não reparar demais nos detalhes porque eu já me estressei tanto nessa vida e eu estou ficando velha para isso, mas como diz a minha mãe: "A vida esta só começando" e eu achando que já podia sentar e esquecer do resto.
Eu vi você deixar de ter medo de não amar e vi meus conselhos surtirem efeito. Eu vi você ser simpática e vi você ser realista como uma mulher deveria ser. Eu vi você provar que amizades como essas não são tantas existentes e eu vi acima de tudo que nós somos literalmente mãe e filha e não sei porque mas dá um aperto no coração quando você diz: "Eu vou viajar com meus pais e volto x dia". Eu sei que não carreguei você 9 meses na barriga (quero demorar para ter filhos ainda, fique claro), mas dá um aperto. Será que quando eu tiver os meus e eles falarem: "Mãe eu vou viajar com meus amigos, nos vemos semana que vem", eu vou morrer? Eu to antecipando tanta coisa, mas eu nem terminei de ser mãe ainda da moça dos 16.
Obrigada por fazer parte da minha vida, eu não passei todas as etapas com você, mas estou disposta a fazer parte de muitas delas ainda.Você será para sempre minha criança e eu não gosto de ver você crescer muito rápido. Vai devagar, ninguém esta com pressa. Ser mãe não é fácil, já dizia minha mãe.

sábado, dezembro 19, 2015

Chapter 2: O Inverso e o Reverso

sábado, dezembro 19, 2015 0 Comments
Preferia não continuar ao ter de olhar para ele desde aquela noite estranha em que sai de um quarto de motel, chamei um táxi e o deixei ali esperando como se fosse algum idiota. Eu fingi que nada tinha acontecido e no dia seguinte acordei em minha cama com mais de 15 chamadas perdidas e uma mensagem em meu celular em que dizia que "nós todos somos frutos do que construímos para nossas vidas e definitivamente você foi a pior delas". Talvez eu tivesse sido, mas eu estava pouco me fodendo para aquilo. Exclui a mensagem.
Levantei de minha cama e tomei um banho para me despertar da ressaca daquela noite. Eu já havia dormido com tantos caras que definitivamente não estava nem aí se alguém me chamaria ou não de puta, para falar a verdade a vida era minha e as escolhas que eu fazia eram resultados do que queria e sinceramente, eu nunca dei certo com namoros mesmo, os únicos que tive fiz questão de terminar, afinal eu não suportava gente grudenta.
Meu celular começa a tocar, desligo antes mesmo que eu deixe cair na caixa postal, afinal já sabia exatamente quem era e eu não devia explicação alguma por ter simplesmente deixado ele naquele quarto de motel onde na verdade eu nem queria estar a não ser para transar mesmo e nada mais. Não queria nada dessas coisinhas fofas e nem de mexer em meu cabelo, aliás eu odeio que mexam em meu cabelo, demoro muito para lavar e fica todo sujo. Tudo bem que eu teria de lavar no dia seguinte, mas não.
Saio de casa sempre com o mesmo sorriso no rosto para meu porteiro simpático e adorável, um senhor que era casado com a mesma mulher a exatos 55 anos. Eu achava isso lindo, romântico, qualquer um deveria chegar a esta ponto... Menos eu porque não tenho um pingo de vontade de estar ao lado de alguém pelo resto da vida, afinal de contas eu sempre tive bons motivos para ignorar completamente o porque eu não queria voltar a amar tão cedo em toda a minha vida.
Pelas calçadas de Ipanema eu vejo muitos casais, inclusive estes mais jovens que saem do colégio de mãos dadas e sempre felizes, quem dera eles se tocassem e finalmente entendessem que a vida não é este mar de rosas e que eles não durarão nem três meses, aliás no quarto mês de namoro - se é que irá existir. - eles estarão um de saco cheio do outro e algum dos dois irá trair o outro com um amigo (a) dele (a), então eu acho bem patético ver isso, mas ainda assim é bom sonhar um pouco. Eu sonhei muito como eles um dia.
Uma água de coco, por favor. Sento aqui nessa cadeira de praia e fico observando que o mar esta como sempre lindo e eu sei que neste meio sempre tem aquele pobre pescador que se encanta pela sereia errada e vai ficar apaixonado e vai querer sair com ela algumas vezes e ela irá dar as costas a ele assim que dormir com ele, afinal ela esta fazendo isso para não se apaixonar e não se machucar com antecedência. Mas lá vem ele e tudo vai começar novamente.
Um jantar, quem sabe algumas conversas. Tudo bem, vai, eu vou contar um pouco sobre minha vida. Risadas e vinhos. Conheci o loft dele, era legal. Beijos e beijos, amassos e amassos... Sexo. Hora, todo mundo sabia que o restante ia ser assim. Acordei eram três da manhã, ele dormia feito pedra. Me olhei no espelho e o meu celular vibrou com a pergunta de minha amiga sobre onde eu estava. Respondi rapidamente. Me arrumei tranquilamente sem fazer barulho, escrevi um bilhete e deixei em cima da cômoda. Parti de forma discreta e não olhei para trás. Hora, eu não ficaria de chamego com ninguém em hipótese alguma.
Dentro do táxi eu sorrio com as mensagens que troco com minhas amigas e sobre o gato da noite. Mais risadas, algumas conversas a mais. Saio do táxi, encontro cada uma delas em uma cadeira na mesma mesa. Corro até elas e sento ali como se nada tivesse ocorrido. Mostro de novo a foto do cara. Foi bom? Não foi? Foi, mas não foi tudo isso. Ele poderia ter sido melhor. Calma que eu conto mais. Enfim, a noite foi boa.
Chego em casa e deito novamente em minha cama. Acordo às oito da manhã com algumas ligações dele. Já era de se imaginar. Não mando nada. Recebo três mensagens de bom dia, ignoro todas. Tomo um banho, tomo meu café. Desço as escadas e me encontro com aquele porteiro simpático e adorável que é casados faz 55 anos, mas eu nunca seria como ele. Passeio pelas ruas de Ipanema, sorrio com esses casais ridículos da era atual. Uma água de coco, por favor. Me sento na cadeira de praia e penso, essa história não é minha, essa história é dele, porque na verdade eu sou a garota que esta deitada na cama chorando e ele na verdade é o cara que esta tomando água de coco e esperando para partir para a próxima. Eu na verdade estou aqui do outro lado vendo ele com a loira de olhos azuis, enquanto leio o livro A Teoria de Tudo para ver se esqueço um pouco a vida.
Vai continuar chorando? Vai ser ele? Quem você quer ser? Não quero ser ninguém, acho que só estou tentando buscar um motivo para entender porque ele quis tantas outras e disse que me ligaria, mas não me ligou. Disse que me chamaria para jantar, mas não chamou. Disse tudo, menos que me amava. Será que um dia eu terei a chance de ser como o porteiro simpático e adorável do prédio dele que ao me ver sentada no degrau da escada, entrada principal, me disse que "amar é muito difícil, e escolher a pessoa certa é mais ainda, mas demora, leva tempo, você consegue achar". 55 anos e eu só levei 55 minutos para perceber a besteira que eu havia feito ao ter dormido com o cara com a loira de olhos azuis.

sexta-feira, dezembro 18, 2015

Chapter 1: Manhattan Eyes

sexta-feira, dezembro 18, 2015 0 Comments
Era exatamente meia noite e eu sabia que iria ter de acordar para comparecer a festa daquele meu amigo que logo eu saberia que não estaria aqui por alguns meses. Levantei desnorteada, procurando o botão para acender a luz daquele meu quarto já bastante bagunçado - eu não tenho costume de arrumar minha cama -. Saí quase tropeçando ao chão e fui procurar uma roupa descente para que eu pudesse colocar depois do banho gelado que eu tomasse, afinal, eu tinha trabalhado o dia todo na confeitaria predileta do meu amigo, e ficava fácil conversar com ele.
Arrastei-me até o banheiro e meu celular vibrou com uma mensagem em que dizia: "Não se atrase, chegue logo, já estou com saudades". Muitas vezes eu achava que ele mentia quando dizia que sentia minha falta, mas na verdade, no fundo eu sabia que ele gostava bastante de mim e que nossa amizade era extremamente unha e carne. Liguei aquele chuveiro, prendi meu cabelo e fui atrás de enfrentar cada corrente exposta naquele instrumento maluco. Gritei duas vezes, afinal é quase que enfiar uma pessoa dentro de uma banheira já com água gelada e com cubos de gelo extra para deixar você sofrendo um pouco mais.
Meu celular começava a vibrar e era um número desconhecido. Ao invés de atender porque eu sabia exatamente quem poderia ser, eu deixei a ligação cair e ir direto para a caixa postal, já que eu não estava com paciência alguma de tentar entender qual a explicação dele da noite. Me troquei da forma mais graciosa possível em um vestido vermelho para combinar com meus longos cabelos negros, coloquei uma bela maquiagem, uma jaqueta e meu chapéu favorito e logo fui eu descendo as escadas de meu apartamento em Manhattan, esperando para que aquela noite fosse sensacional.
Caminhei por cada quarteirão como se fosse uma vida minha perdida em cada uma delas, dramático, mas nem tanto, eu tinha um pouco de medo do local onde eu morava, mas se fosse para mudar de estado ou país, teriam de explodir Manhattan antes. Foi entre alguns pensamentos como esse que eu trombei justamente com o azar da minha vida e que foi ele. Belo par de olhos castanhos, parecia meio nerd com um estilo meio largado. Ele estava com uma caixa de cerveja na mão direita e só não fizemos um strike ali porque literalmente ele tinha capacidade de segurar tudo aquilo.
Sorri a ele e logo em seguida ele sorriu de volta. Pedimos desculpa como todo bom cidadão faz e seguimos nossa vida. Parecia algo comum, mas não, eu queria dobrar a esquina só para encontrá-lo novamente e dizer que era destino do acaso termos nos encontrado, mas ao invés de mentir para mim mesma, me iludir e achar que isso daria certo, eu simplesmente caminhei e fui até a festa da noite.
Depois de boas doses de tequila, algumas cervejas, energéticos porque sim, eu voltei para casa um pouco desnorteada, mas ainda sabia o que era direita e esquerda... Ou será que minha casa ficava depois do parque? Ainda que pudesse soar loucura, consegui ir para minha casa e acordar com a cara pintada e eu toda desmantelada com um lençol cobrindo meu corpo ainda com aquele vestido vermelho. Eu sabia que não tinha morrido, mas eu morreria se não fosse tomar o meu café da manhã na confeitaria em que trabalho, mas sabia que estava de folga. É que eu não pago, mas ainda que estivesse cedo, eu iria.
Tomei um bom banho para despertar e fui correndo para a confeitaria. Eu só rezava para chegar perto do meu cupcake de coco e tomar boas doses de café, até porque minha ressaca estava me apertando cada vez mais. Cheguei o mais rápido possível e Lola estava a minha espera com 6 cupcakes para mim - eu sei, é coisa de gente gorda, mas eu sou assim, 99% magra mas aquele 1% que ataca a geladeira, no caso a confeitaria - e com um copo grande de café. Eu preferia caneca, mas eu não vou tomar nela hoje. Eu iria sentar no meu cantinho quando alguém já estava nele.
Revirei os olhos e como eu nunca havia sido educada, pedi para que ele pudesse se retirar. Era um ele. Não era um ET, era apenas um ele e o ele era o cara de ontem a noite. Demos os mesmos sorrisos e me sentei de frente para ele. Boas risadas, boas conversas. Ele fez administração, eu fazia cinema, sempre fui apaixonada por escrever roteiros e criar imagens lindas. Ele era meio nerd, eu era meio retardada. Era pra ter sido tudo errado mas foi tudo muito certo.
Foi no meio daquela conversa a partir das 08 da manhã que fomos até quase 12 horas. Eu poderia almoçar cupcakes, mas eu tinha que arrumar minha casa que não estava nada bonita. Virei as costas e antes que eu pudesse virar para encará-lo no lado oposto ele me disse algo que eu nunca mais esqueceria na vida "acho que deveria tentar algo novo que nunca tentou na vida". Voltei para casa pensando nisso e quando percebi aquilo que não era pra dar certo, deu certo até agora. Ele entra e sai da minha casa todos os dias, mas quem sabe eu efetive aquela noite de Manhattan com um reencontro e algumas cervejas na rua, só para lembrarmos que aquele não era nosso momento, mas hoje é.

quinta-feira, dezembro 17, 2015

Cry Baby

quinta-feira, dezembro 17, 2015 0 Comments
Já teve a sensação de aquele dia não foi feito pra você? Aquele em que você acorda e acha que vai ser tudo bom, mas na verdade acaba saindo todo errado? Então, eu já tive essa sensação também e acho que hoje deve ter sido um dos maiores que me deixou meio mole e sem vontade de fazer absolutamente nada. A sensação de estar sozinha é muito dolorosa e acho que poucos devem sentir na mesma intensidade como eu sinto.
É como caminhar em uma linha que esta a ponto de se quebrar, no final de tudo ela talvez arrebente se não andar com cuidado e enfrentar as tempestades, as dores, o calor, provavelmente nunca terá a recompensa correta. Bem, hoje eu decidi olhar para o alto onde eu estava caminhando e pensei: "Se eu me atirar o que acontece?" Eu poderia morrer, é claro, mas e se eu só me atirasse e ficasse sentido vento?
Na minha história eu faço isso várias vezes, mas quando eu acordo lá estou eu tendo que enfrentar tudo de novo, inclusive o pior de tudo é sair escrevendo tudo isso e nem ter certeza se as pessoas realmente acompanham, mas como basicamente este é um diário cheio de sentimentos e palavras que se conectam, então eu não preciso ficar me preocupando tanto.
Hoje eu gostaria de deixar tudo apenas claro na sensação de que esta tudo bem você querer pular e esquecer de tudo, por hoje, por amanhã ou por um mês, mas saiba que uma hora você vai ter que voltar ao mundo real e enfrentar tudo de cabeça erguida e não poderá reclamar todos os dias. Existem pessoas que passam por coisas piores. Hoje eu escrevo de forma que possa soltar um pouco meu coração e descreva de forma clara o quanto estou decidida em pelo menos mais uma vez chorar bastante e me perder nas horas que se passam.
Ultimamente eu me escondo muito e não me dou a chance de sentir completamente o que quero, mas sei de que de uma certa forma, se eu sentir logo de cara, talvez eu me assuste e talvez eu chore muito e queira não levantar e nem tomar conta de mim mesma. Cada dia eu me sinto de um jeito, mas com intensidade maior aquela sensação de perda. De dor. Acho que se amanhã eu acordar mais triste que hoje, saberei que é pra sentir mesmo. Mas talvez logo eu me acostume e um dia eu esqueça.

segunda-feira, dezembro 14, 2015

Garoto Omissão

segunda-feira, dezembro 14, 2015 0 Comments
Por entre passos e curtos abraços eu consegui ver o que realmente eu gostaria de ter tido, se tudo não tivesse sido uma verdadeira mentira. Foi por isso que eu simplesmente não entendi com clareza o que foi que você havia feito. Talvez tivesse sido também um pouco da minha amarga ideia de pressionar um pouco para tentar conseguir um tanto de sua conversa e um pouco de conhecimento sobre quem era você, mas hoje percebo que o erro não estava de forma concreta em mim. 
A omissão de suas palavras pode ter sido a pior ideia que tomou para tentar continuar a sua vida de forma bastante específica e com clareza você escolheu uma outra pessoa que já estava antes, mas o que mais me magoou não veio a partir do estar com outra, mas de ter escondido de mim aquilo que não deveria, afinal nós todos temos chances para sermos felizes e basta um pequeno pedacinho para poder ser o ápice de um final feliz ou não.
Hoje sentada eu percebo que amores são completamente complicados e que você foi literalmente mais uma imagem bastante passageira, até porque dos amores que tive eu acho que não houve tanta intensidade quanto eu pudesse imaginar em relação a você. Acho que meu maior erro foi ter esperado demais e ter achado que algo bom pudesse acontecer, mas na verdade eu só me decepcionei, como eu tenho costume. 
Atualmente eu não vejo motivos para poder conversar novamente com alguém que simplesmente rompeu minha confiança em relação a ela, mas eu gostaria de entender o quanto alguém poderia ter sido capaz de um estrago tão grande e hoje simplesmente pode estar sentado, conversando com a garota ao lado e mal sabia ela o quanto ele também a traía ao falar com uma pessoa diferente ao não ser ela. 
Amores podem ser desastrosos, mas casos e acasos podem também ser bem piores, o caso é que a lição ao qual aprendi foi o quanto eu nunca, em hipótese alguma posso esperar cobrar algo de alguém se nem ela mesmo teve a capacidade de ser sincera comigo no começo dessa confusão toda. O que mais chega a ser louco nessa história toda é o quão patético a reviravolta possa ser, inclusive quando o resultado é que você esta na tranquilidade, enquanto ele esta ainda mexendo em suas coisas como se nada tivesse acontecido e que o erro ainda continuasse sendo seu e não dele. 
O quanto vale a história de um caso? Bem, pergunte para aquele que omite, eu tenho certeza que ele deveria responder isso com mais clareza possível. 

Carlos Drummond de Andrade - Amar

segunda-feira, dezembro 14, 2015 0 Comments

Que pode uma criatura senão entre criaturas, amar?
Amar e esquecer?
Amar e malamar
Amar, desamar e amar
Sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
Sozinho, em rotação universal,
se não rodar também, e amar?
Amar o que o mar trás a praia,
O que ele sepulta, e o que, na brisa marinha
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amor inóspito, o áspero
Um vaso sem flor, um chão de ferro, e o peito inerte,
e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.
Este é o nosso destino:
amor sem conta, distribuído pelas coisas
pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor
Amar a nossa mesma falta de amor,
e na secura nossa, amar a água implícita,
e o beijo tácito e a sede infinita.
(Carlos Drummond de Andrade)

domingo, dezembro 13, 2015

Popcorn Session (Série)

domingo, dezembro 13, 2015 0 Comments
Eu sou uma apaixonada por séries de TV, mas como eu vivo na correria do dia a dia eu não ando tendo tempo especificamente de assistir nada, então eu resolvi agora que estou entrando em férias, assistir algumas séries novas e uma delas me chamou bastante a atenção, que é a mais nova série de TV da Netflix em parceria com a MTV - Scream.
Para todos aqueles que nasceram nos anos 90 não se esquecem daquela máscara utilizada na cara de um psicótico onde seu objetivo era tentar acabar com a vida de Cindy e olha que a mocinha já havia passado por uma série de problemas e já não tinha o psicológico nem um pouco certo. Foi aí então que a série de Scream surgiu, baseada na franquia mais assustadora de nossas épocas, conhecida como Pânico e sua voz horripilante através do telefone.
Eu já ouvi diversas críticas sobre a série, mas eu sou a pessoa que leva em frente com qualquer coisa e testa limites até ter certeza se é bom ou não. Em minha sincera opinião eu gostei bastante, tanto que estou acabando a primeira temporada e enquanto eu escrevo isto eu espero o episódio nove terminar de carregar. É claro que nunca irá superar os filmes, até porque eles são uma lenda e me lembram muito das noites na casa de amigos onde 15 amigos ficavam na sala e muitas vezes a energia acabava e assim todos gritavam assustados, esperando que ninguém tentasse nos matar.
A série tem um elenco bastante forte, porém um dos que mais me deixou bastante irritada e que eu realmente esperava que fosse morrer foi a de Bella Thorne. Segundo entrevista ela decidiu fazer o papel de coadjuvante na série para tentar reviver a atriz Drew Barrymore, que no primeiro filme da franquia tem sua cena clássica, pipocas e finalmente é morta pelo assassino. Na minha perspectiva ela foi péssima para o papel, eu esperava bem mais, porém este foi o único detalhe ao qual eu não gostei, do restante tem me chamado bastante a atenção.
A continuidade da série será em 2016, tendo sido confirmada e aprovada a continuação devido ao ter chamado a atenção de tantos jovens. Eu particularmente espero que o último episódio me chame bastante a atenção, mas acima de tudo o que eu mais quero é finalizar esta série e ter o gosto de mais uma vez ver aquilo que muitos não viram até agora, que acredito ser a originalidade. A direção da série não prometeu um remake dividido em episódios, pelo contrário, é uma série baseada na franquia, então acredito que ao meu ver as pessoas poderiam dar uma chance e assistir e para quem ainda não tem planos para começar a assistir uma série, fica aí a minha dica. São 10 episódios e vale muito a pena.

Better Alone or Together?

domingo, dezembro 13, 2015 0 Comments
Disseram uma vez para mim que eu não consigo ficar sozinha por muito tempo, que eu sempre estou a procura de um amor infinito ou muitas vezes de tentar preencher o vazio, porque definitivamente eu passo para as pessoas que sou muito solitária. Mas a questão é que eu não me importo em estar com a porcentagem total completa em solidão ou estar com um parceiro. 
Eu acho sensacional sim estar com alguém, namorar alguém, poder sentir quele tesão de chegar em casa exausta do trabalho e procurar pela pessoa que você ama e ele estar lá sentado fazendo qualquer outra coisa e você simplesmente partir pra cima e ter uma noite foda de sexo e entre tantos outros aspectos, ao ponto de gozar em sincronia ou não, em estar com uma pessoa do lado depois do ato e saber que se dormir, você vai acordar e ele vai estar lá te esperando. 
Só que acima de tudo eu também acho sensacional a versão oposta que é aquela em que você chega em casa, tira os saltos dos pés, joga-os para algum canto qualquer da sala só porque esta cansada e percebe que a preguiça te supera muito mais do que agachar e pegá-los para guardar no closet, e então você solta os seus longos cabelos, desarruma ele todo, joga a bolsa em qualquer canto junto com os trabalhos que tem de resolver para a semana seguinte e ao invés de se jogar direto para o sexo - já que na verdade nesta versão você não tem o cara - você se enfia debaixo do chuveiro e depois só pede uma pizza, coloca aquela coca cola no copo e senta na cama e fica assistindo sua série favorita, ou ao invés disso se arruma e vai sair com os amigos para algum bar ou uma balada. 
Cada um quer uma história como/parecidas com essas duas, mas existem pessoas que ficam confusas porque não sabem lidar da melhor forma possível com este tipo de conflito. É o meu caso. Eu não consigo ficar nem 6 meses longe de um relacionamento e logo estou com alguém novo, mas também não duro tanto tempo com meus namoros, então eu mesma termino ou me apego muito e eles terminam comigo. É um lenga lenga que nem eu mesma sei se cabe no padrão ou em nossa conversa e muito menos na gramática praticada em nosso dia a dia - ou que pelo menos deveria ser - mas basicamente eu não sei exatamente o que quero. 
É sensacional estar sozinha, mas muitas vezes me faz falta uma pessoa que realmente queira estar comigo mas me deixe livre para fazer o que gosto. Veja bem eu não sei exatamente se isso é ser bipolar ou não, mas acho que tenho muita coisa a descobrir e por mais que eu adoraria viver mais um romance desses com grandes beijos e mensagens no celular, mas ainda assim o maior sossego que eu poderia arranjar é o de hoje como estar sentada no sofá assistindo a minha série e simplesmente não ligar para cara nenhum. Mas na verdade eu nem sei o que quero exatamente. Viram? Confusão. 

quarta-feira, dezembro 02, 2015

Maybe One Day

quarta-feira, dezembro 02, 2015 0 Comments
Certas histórias tem início, meio e fim, então eu pensei que nossa história um dia teria meio e talvez se nada fosse como esperávamos, um fim. Mas na verdade acho que nunca teve um começo. Não é que eu não quero mais nada contigo, é que nada verdade eu estou tão cansada e exausta que não vale mais à pena ficar correndo atrás ou falando demais sobre qualquer outra coisa.
Na verdade o que menos fazemos é correr um atrás do outro, aliás eu corro demais e acho que esta na hora de eu dizer um adeus nisso tudo e parar finalmente de manter contato com quem eu achava que um dia pudesse ter interesse a minha pessoa. Eu não tenho mais quinze anos, eu não sou mais uma menininha e eu percebi que sou exatamente a pessoa que gostaria de ser: forte, destemida, que ri, que gosta de chorar sem ter medo de mostrar muito (apesar de que sei que tenho medo um pouquinho), que toma as verdadeiras decisões e que sabe finalmente colocar os pingos nos Is.
Eu esperei aqui sentada para ver se algo ia dar certo, mas pelo jeito acredito que independente do que os meus amigos me dizem, eu sentia que no fundo, bem lá naquele cantinho, isso não iria dar certo. Então eu decidi escrever aqui para poder finalmente dar um fim nessa história. Eu vou ter que tomar coragem e dizer que estou cansada e não vou mais esperar, que quem quer esperar acha tempo para ser feito de idiota e que o relógio deixa os dias caminharem até demais e eu não sei se estou com paciência para esperar que você seja sincero comigo já que até agora eu esperei tanto e você não abriu a boca.
Você conseguiu inventar desculpas e desculpas, mesmo dizendo que não são desculpas. Eu quis de tudo e você nada quis. Por que eu perdi meu tempo? Eu ainda não sei, mas eu gostaria muito de tentar pelo menos mais uma vez, alcançar um pedaço do tempo que eu poderia ter sentando e comendo algo, falando da minha vida e sabendo que você estaria lá escutando. Definitivamente você não é quem eu esperava que fosse, assim como o futuro promotor, o cara de TI e o engenheiro químico, você não passa de mais uma figura patética do que chamamos de garoto magia mas na verdade é só mais um no meio de multidão.
É ilusório demais ter a capacidade de pensar que um dia eu poderia fazer parte de sua história, mas na verdade eu nunca te conheci. Meu amigo estava certo: "existe um motivo para que ele não queira sair unicamente com você e isso não o torna babaca". Tem razão, eu não acho você um babaca por estar querendo fazer outras coisas mais legais, mas eu te acho um babaca por não ter sido homem suficiente de olhar para a minha cara e dizer: "Eu não tenho mais interesse por você" ou "Acho que isso não vai dar certo".
Você não foi babaca por ser babaca, você foi inconscientemente e de forma bastante inconsequente. Eu não sou quem você espera que eu seja: Tola, estúpida, fácil de cair em conversa e que espera pelo resto da vida. Eu sou quem sou pelo o que a vida me transformou. Eu me protejo, eu me amo, eu faço o que for possível para criar sempre o melhor caminho para mim e mesmo que ele seja turbulento, ainda assim eu sei que terei um cantinho para poder descansar e esquecer de tudo o que andou me causando cansaço.
Eu sei que amanhã eu vou acordar um pouco estressada e ansiosa para lhe falar o que preciso falar, mas enquanto isso não acontece, eu só vou escrever e deixar claro que a última coisa que quero é perder tempo achando que realmente ficar de molho ou a banho maria como diz minha avó, irá me trazer algo de saudável.
Eu gosto de coisas que apareçam, que sejam rápidas ou que se demorarem um pouco, não faz mal, mas que a pessoa saiba conversar, saiba se soltar, saiba ser leve, saiba fazer algo. Ao invés disso eu só sou jogada de escanteio e eu estou literalmente farta disso. Esta na hora de colocar mais um ponto final em mais uma história minha.
Eu sei que não vai se importar com as coisas que direi amanhã, eu sei que não irá entender ou que dirá: "Mas eu não te dei motivos para ficar assim" ou "Você entendeu errado", eu sei que fará exatamente o que todos os outros fazem, eu sei disso porque tenho o roteiro guardado na gaveta e já esta tão batido que acho que terei de mandar refazer o encadernamento dele para que ele possa parecer novo e mais uma vez todos os caras como você caiam perfeitamente. A vida é uma coisa bem complicada, mas ainda que seja assim, eu amo a minha e valorizo o que construí até agora.
Eu não posso sair falando coisas ruins de você, até porque você não me deu motivos mesmo, mas eu posso falar sempre a verdade e posso sempre estar sendo clara com as minhas atitudes, eu posso mesmo, mas sabe o que é mais divertido, eu sei que no final ambos iremos virar as costas e nunca mais iremos conversar na vida e eu sei que um dos dois vai acabar trocando horários de academia para não se verem mais no mesmo treinamento e pode ter certeza que essa pessoa será eu, pelo menos nas férias, afinal eu não sou obrigada a lidar com mais nenhum tipo de drama. Dramas não combinam comigo e definitivamente você se tornou um deles e isso te torna um completo idiota.