The Truth Is Us

Com essa greve e o cansaço de sentar na mesa do bar e ficar discutindo com um imenso número de estudantes que falam o tempo todo: "A culpa é da Dilma/Lula", "Tem que ter intervenção militar", eu decidi cuidar de minha pessoa e me dar o direito de uma boa hidratação capilar, cuidado com minhas unhas e me arriscar a uma nova série que eu julguei pela capa e eu não achei que poderia ter sido tão boa. Mas então, eu conheci a querida Olivia Pope.
Olivia Pope é uma mulher de garra, que bisca por justiça, por fortes vontades. Ela não trabalha como advogada, mas ela busca fazer o bem e sempre vencer, mesmo que isto custe a perder em algumas etapas no meio do caminho. A senhorita Pope é nada mais, nada menos do que a personagem que todas as mulheres gostariam de ser, mas têm medo porque uma sociedade mesquinha as condena a ser apenas aquela que mantém sua aparência intacta, que não pode ter uma foto bonita no Instagram sem que seja julgada como puta, ou sabe-se lá mais o que.
Olivia Pope é o que vejo em poucas mulheres que conheço e de muitas outras que estão escondidas por aí. Ela é a mensagem passada para todas nós que buscamos por um motivo para sermos cada vez mais grandiosas. Eu achava que para eu ser feliz, eu precisava ter alguém ao meu lado, mas acabei no meio do caminho, descobrindo com meu guia religioso que eu não precisava de muito e nem de ninguém para tomar posicionamento de minha própria vida. Ela é muito particular para que eu entregue a qualquer pessoa. Então eu decidi me desligar do mundo e fazer coisas diferentes e ser o que eu deveria ter sido a muito tempo: A Stephanie.
É complicado dizer que talvez eu não lembre do passado, mas eu acho, que pela primeira vez, com confiança, eu posso dizer que finalmente eu não lembro tanto do meu passado quanto Olivia Pope sofreu nas outras temporadas pelo próprio Presidente da República (Fictício, claro) Norte Americano. Querendo ou não, ambos os personagens têm uma ligação, atração e que com certeza qualquer um pode ter se não possui resolução para um problema tão grave. Com a senhorita Pope eu estou aprendendo a ser cada vez mais aberta com relação a minha vida e com toda certeza posso dizer que eu não preciso ter alguém neste exato momento para me completar, porque eu já sou completa.
Eu sou uma batalhadora, pulso firme, séria, sorridente, amável, louca e brincalhona, mas acima de tudo sou independente e sou feliz. É meu dever ser a minha própria felicidade, até porque, ninguém mais e ninguém menos do que eu para aguentar as minhas próprias verdades duras e até mesmo os próprios tombos dos quais levo todos os dias.
Quero ser como Olivia Pope. Não precisa ser igual a personagem, mas eu quero me lembrar todos os dias em que eu acordar neste vida, de qual é o meu real propósito e maior felicidade. O segredo não é tão difícil quanto esperado. Eu achava difícil porque a primeira vez que me apaixonei/amei de verdade, eu tinha apenas 14 anos. Eu achava que eu seria feliz se eu tivesse meu próprio príncipe encantado num cavalo branco, mas na realidade eu sou meu maior motivo de orgulho. Eu tenho pessoas que me amam e provam isso todos os dias. Eu sou a maior felicidade dessa vida que foi me dada. Eu sou o meu próprio orgulho. Assim como Olivia Pope, eu não preciso ser derrubada por ninguém, e eu também não preciso derrubar ninguém, a vida faz isso sozinha. E é por isso que eu, pelo menos, quero ser como Olivia Pope.