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sábado, janeiro 09, 2016

Era Digital/Relacionamentos

Estava em meu Facebook em plena madrugada, sem absolutamente nada para fazer, quando surge uma notícia sobre mais um novo aplicativo de relacionamentos. Definitivamente eu estou muito desatualizada, porque na minha cabeça o único aplicativo existente era o Tinder, e olhe lá. Acabo de ler que o mais novo queridinho e que esta deixando alguns brasileiros bastante interessados em achar seu par ideal, é o ONCE. Eu não darei muitos detalhes sobre a função dele, até porque não instalei e sou lerda para entender um pouco dessas coisas (às vezes acho que herdei um pouco da cabeça antiga de meus pais), mas o que posso adiantar é que este queridinho faz a maravilha (pelo menos é como eles dizem sobre tal), de ter um cupido (que na verdade vem da equipe que trabalha com este aplicativo), que irá escolher seu par ideal, mas o interessante é que ele simplesmente não escolhe vários de uma vez a você, pelo contrário, é apenas um por dia e você tem a opção de conversar ou esperar o próximo dia e esperar o que virá em seguida. Se dentro de 24 horas não houver comunicação alguma, o rapaz é excluído de sua lista.
No começo eu comecei a pensar: "Eu não sei se escrevo sobre o aplicativo ou se escrevo exatamente o que sinto sobre", então eu decidi escrever exatamente o que estou pensando sobre. Eu não tenho nada contra aplicativos, pelo o contrário, eu utilizei o Tinder sim e não irei de forma alguma negar isso e conheci muitos caras legais e que faziam meu tipo, mas depois não. Foi lá que por um erro do acaso que conheci um cara que era "super fofo"(aspas, porque na verdade ele ão era fofo coisa nenhuma), me colocou em uma conversa de Skype com mais dois amigos dele e eu conheci o meu ex namorado do ano passado. Não tenho nada contra o aplicativo. A era digital tenta nos ajudar da melhor forma possível, eu até entendo, mas às vezes o que penso é que esquecemos de trombar com aquela pessoa na rua, ou de conhecer alguém no bar, ou até mesmo de derrubar água em cima do cara no meio da academia porque você é desastrada mesmo, ou conhecer no exame que você tem, seja da faculdade, ou de carta, ou o que seja, mas as pessoas perderam um pouco a noção do que é realmente achar o par ideal e muitas vezes o cara não deve ser exatamente como você.
Eu não achei o cara certo ainda e acho que vai demorar um pouco. Eu posso sim recorrer a aplicativos ou apenas tocar a vida, mas eu aprendi uma coisa, pra tudo tem que ter uma certa leveza e paciência e ver o que a vida pode trazer para todos nós. A última pessoa com quem namorei me adicionou sem me conhecer, no Facebook. Eu aceitei por instinto, por ter gostado, por ter me feito rir, sorrir e permitir com que eu me sentisse bem em uma viagem minha no Rio de Janeiro, sabendo que logo em seguida eu ainda teria um encontro com ele. Foi sim um dos melhores encontros que tive, com direito a conversar em uma roda gigante, comer pizza no terraço do prédio dele e me apaixonar. Isso é delicadeza e sabor a vida.
Novamente, eu não tenho absolutamente nenhum problema com os aplicativos, a tecnologia serve para tudo, essa era digital é muito louca, mas ainda assim sinto falta de ver as pessoas terem um pouco de paciência e passarem exatamente por tudo o que passei, ou nossos pais passaram, ou nossos avós passaram, mesmo que não tenhamos finais completamente felizes, mas que possa nos dar aquela vontade de simplesmente voltar a acreditar que o par ideal não é um cara escolhido por 42 pessoas que trabalham em um aplicativo, ou Adotar um cara de acordo com o perfil que você quer, sendo que simplesmente os diferentes atraem tanto que você aprende com uma intensidade sem igual, e simplesmente dar uma de Happn pra cruzar com um cara ou o que quer que seja na rua para dizer que é gato/gata, não ajuda com tanta eficácia. Apesar de já ter usado um aplicativo assim, sinto falta daquela velha essência, aquela velha vontade de cruzar caminhos e sorrir por acaso e ser convidada para ir numa roda gigante, ou ir ao parque, ou comer pizza no terraço, ou conhecer pelo Skype, ou dentro de uma secretaria. As pessoas esqueceram de ter paciência, mas ainda tenho esperança no bom e velho encontro do destino.

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