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terça-feira, janeiro 27, 2015

Tudo Acontece em Elizabethtown

É engraçado como nós somos fúteis o suficiente para esquecermos que a vida não é feita apenas de grandes obrigações, e finalmente qualquer problema deve ser resolvido sozinho, ou com doses de remédios e sessões em um consultório. Onde é que ficaram aqueles momentos em que finalmente pudemos ter a chance de correr pela chuva e esquecer se vamos ficar doentes ou não? 
Ficaram embaixo daquele velho guarda-chuva que mal se abre mais, já que o seu dono esqueceu que a natureza muitas vezes a torna mais útil que a própria vida de seu humano. E cadê aquela vontade de simplesmente olhar para fora de casa e pensar: "Quer saber, eu vou pegar esse carro hoje, jogar uma mala com peças essenciais para qualquer estação do ano e vou viajar". Mas é claro que hoje em sia existem aviões e é mais fácil chegar rapidamente aos locais e esquecer dever a natureza à nossa volta. 
Não se fazem mais momentos de ternura, de amor, de vontade, de tesão, de felicidade, quem dirá os momentos tristes, porque nem isso sabemos fazer mais. É sério, nós nos esquecemos completamente de ficarmos tristes de verdade. Por que? Ora, é simples, quantas vezes choramos junto com alguém que acabou de perder uma pessoa importante na sua vida? Quantas vezes choramos junto com o impacto ao que o mundo esta sendo levado? Não vale dizer que já chorou quanto algum episódio de novela da Globo, porque nem gostar disso eu não gosto. Estou falando de ficar triste na concepção de sentir a mesma coisa que outros transmitem a você ou o que o mundo real lhe diz sobre. 
Nós estamos tão pobres em nossos próprios sentimentos que esquecemos de dizer eu te amo de tal extrema sinceridade aos outros. Responder um eu também não é o mesmo que dizer eu também te amo. Temos a mania absurda de procurar um equilíbrio para tudo, mas sinceramente, não tem! Não existe! Sempre alguém vai amar mais, ou sempre terá alguém que sofrerá mais e as pessoas ainda continuarão descrentes a reconhecer isto a ponto de nos chamarem de caretas ou dramáticos. Sociedade patética... Há! 
O que eu quero dizer é que, estamos muito preocupados com nossas pacatas vidas a ponto de nos preocuparmos com o lucro ou consumismo de objetos que muitas vezes nem felicidade nos trazem, mas nos dão o prazer temporário de ser supostamente feliz. Forte, não? Eu também já fui assim, na verdade ainda sou, e podem ter certeza que enquanto escrevo este texto e tento procurar motivos para entender como estou "falando" tudo isso. Mas acho que é somente meu subconsciente tentando me alertar de que posso ser melhor, admirando apenas as pequenas e simples coisas da vida. 
Eu não sei vocês, mas eu não sei quanto tempo faz que eu não me sento sozinha para tomar aquele sorvete, sem pressa do que tenho que pagar ou fazer antes das 18 horas da tarde, de um dia da semana que pode ser muitas vezes corrido para mim. Faz muito tempo que não me lembro do sabor daquele sorvete de menta com chocolate, meu Deus como me faz falta. Mas o sabor não tem nada a ver com a felicidade da vida, tem? 
Ora, é claro que tem, nem sempre a vida pode ser sondada pelos sentimentos aos quais deveríamos conhecer melhor, sendo do bem ou mal. Mas nós podemos tentar começar em passos curtos a aproveitar a vida com um copinho de sorvete, em silêncio e ver o mundo caminhando. É bom às vezes tentar se desvincular deste mundo caótico, e esquecer da correria do dia a dia. Eu sei que é engraçado eu falar em coisas que muitas vezes é difícil de colocar em minha cabeça que não preciso viver sempre junto ou sozinha, mas que me faça feliz, mas seria muito bom se diante disto ao qual escrevi, pudessem ver que a vida é muito curta para se preocupar qual será a próxima novela das 21 horas e se será de Manuel Braga ou algum outro. Apenas esta é a sinceridade da vida. 

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