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segunda-feira, maio 25, 2015

Aquela dos 20

Dia 21 de janeiro, 1993. Olhos verdes, cabelos louros e cacheados com a cachinhos dourados. Sorriso apaixonante e meio encantador. Tímida, fugia de tudo e todos. Desde pequena encantava quem passasse por perto e mesmo assim ela se escondia nos cabelos da mãe para não encarar ninguém. 5 anos a garotinha estava crescida e usando a mãe como exemplo. Sapatos de salto alto, pegava a bolsa emprestada e levava uma boneca na mão e dizia a avó "To indo trabalhar, cuida dela" ou "Meu Deus esqueci a chave do carro". Não cabia nem um palmo do pé e mesmo assim, em tropeços e barrancos ela ainda andava. 11 anos e ela já começou a se apaixonar pelo primeiro garoto. Túlio. Não tirava os olhos dele e o cara era simplesmente apaixonante, mas ele não estava nem aí. A garota sofreu, mas ainda assim continuou a fantasiar seu mundo nas bonecas.
Com 15 anos as festas de debutante começaram. A mãe estava com os cabelos em pé e preocupada com o fato de aquelas famosas "batidas de morango" a fazerem ficar louca, sendo que mal ela sabia que sua filha havia perdido o famoso BVL com o único cara que ela nunca esqueceria. Beijo embaraçoso, louco, sem sincronia, escorregadio e estranho. Marcos. Marcos era estranho, mas divertido para ela. Marcos seria o desencadeador dos próximos caras.
Com 18 anos a garota estava com uma lista curta de grandes amigas e apaixonantes, tão próximas que aguentaram-na em seus surtos por conta de desamores que viriam a fazê-la sofrer. Hugo, Diego, Felipe, José, enfim, tantos que ela não queria nem lembrar, mas mesmo assim lembrou. Como era bom a época de conhecer caras loucos e se perder no mundo das lágrimas, desilusões, brigadeiro de panela, jantares com as amigas e o tempo das baladas. Quantas saudades de ser mais nova.
Com 20 anos estava em uma faculdade, com experiência em um estado longe do seu, tentando tirar carta. Reprovou na baliza, não continuou a faculdade, voltou para Ribeirão Preto e conheceu o seu namorado Rafael e logo continuou sua vida e tentou fazer o que amava. O relacionamento não durou, ambos eram muito infantis, ou ela era muito madura, ou a mãe dele era muito pegajosa a ele ou ele era muito criança. A faculdade, no entanto deu muito certo.
Com 22 anos ela estava no segundo ano de faculdade na UNAERP, cursando Relações Internacionais, amadureceu mais ainda, livrou-se de amizades as quais não lhe fizeram tanto à pena, conquistou novas, fez cursos, conseguiu um estágio, conseguiu trabalho, foi professora de inglês, conquistou famílias e enfim, os jantares com as amigas diminuíram, mas a essência era a mesma em aniversários. Aquele fogo de ficar até as 5 da manhã na rua com elas, caiu para as 2 da manhã e ainda assim tinha gente desistindo por conta do cansaço. Ufa, será que isso pode caminhar mais ainda? Conheceu um aplicativo, conheceu alguns caras, mas como a história dela é um verdadeiro filme protagonizado por sua personagem principal, o grande amor de sua vida foi apenas encontrado fora de sua rotina comum. Hoje com esta idade ela namora, dirige, tem estágio, estuda e conquista o mundo e sempre sendo amada pela família e aproveitando a loucura com as amigas, mesmo que elas tenham daqui 8 anos 30 anos. Será que eu posso pedir para voltar alguns anos atrás e rever cada uma destas cenas? 22 anos e estou quase com 30. "Sou jovem pra ser velha e velha pra ser jovem" mas ainda assim tenho muitos planos a cumprir, muito a beijar, muito a chorar, comemorar, decepcionar e criar. Ser eu chega a ser muito difícil, mas ser quem citei neste texto é melhor ainda. A Stephanie de 5 anos de idade se orgulha por mostrar seus defeitos atuais, ficou feliz com o rancor que foi tirado do peito da atual, dos perdões dados e recebidos, das risadas e dos amores. Uma peça única? Rara? Acho que não. Só eu sendo Stephanie mesmo. Mesmo ainda não sendo aquela dos 30 eu sou aquela dos 20... Por enquanto.

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